sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Quem é de esquerda aqui?



Bom, no embalo das últimas postagens, lá vai mais uma sobre política norte-americana. Como todos sabem, os yanques são mestres em publicidade, em vender idéias. Aqui, o comercial evidência o cuidado meticuloso e paranóico deles com o emprego das palavras. Ao contrário do resto do mundo, ser chamado de " de esquerda" nos EUA é extremamente pejorativo, e pode resultar na perda de votos, quiçá de uma eleição. Mas não há nada com que se preocupar. Se o problema é uma palavrinha, por que não trocá-la?

O partido mais próximo da tradicional definição "de esquerda" (DEMOCRATA)resolveu substituir a expressão "de esquerda" por "progressive". Viram? Agora sim. Não é muito mais atrativo? Quem não gostaria, nos dias de hoje, de ser chamado de "progressive"? Simples e eficiente como a roupa vermelha de Hugo Chávez.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Hilary X Obama



Este vídeo é para os que acompanham as primárias norte-americanas. Um dos três personagens defendidos no texto será o próximo presidente do planeta. É um belo exemplo de como um comercial bem feito faz diferença!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Renan é absolvido...., mais uma vez.

Exatamente dois meses e 22 dias após ter sido absolvido do primeiro processo de cassação, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) saiu mais uma vez vitorioso do plenário do Senado Federal. Com 29 votos pela cassação, 48 pela absolvição e três abstenções, ele foi, novamente, inocentado pelos colegas em votação secreta.

No plenário, perguntado se renunciaria ou não à presidência da Casa, ele disse: "Estou vendo para decidir o que vou fazer", disse. Menos de 30 minutos depois, no entanto, durante um discurso, Renan renunciou à presidência.

Tudo bem, que Renan seria absolvido, disto, todos já sabíamos. Mas resta descobrir a troco de que ele renunciou.
O caso dos laranjas fez do presidente (ex) do senado a moeda de troca política mais visada no momento. E pode apostar que sua renúncia não saiu de graça.

É dos carecas que elas gostam mais...

O atacante Romário testou positivo para finasterida em exame antidoping realizado após o empate por 2 a 2 contra o Palmeiras, dia 28 de outubro, pelo Campeonato Brasileiro, e está suspenso preventivamente. A finasterida seria utilizada para combater queda de cabelo.
O Baixinho confirmou que toma um tônico capilar para evitar a calvice e desistiu de pedir a contraprova.

- Vou ficar mais careca. Os poucos cabelos que me restam vão embora - disse, rindo, o Baixinho.
- Uns carecas aí que tomavam me falaram que era bom. E realmente fez resultado. Tá para ver, nê?.


Ser pego no anti-dopping por causa de tônico capilar... sei não, mas acho que este é o ponto final da carreira de Romário.

A nova sensação dos EUA







Na corrida para Casa Branca 2008, surge enfim um republicano sincero, ou sincericida. Essa corrida tá demais. Além de Ron Paul, ainda temos Hilary, Obama e Rudy. Eu ainda sou Hilary em homanegem a família. Mas esse Ron Paul tá arrebentando. E tem belos vídeos na internet, todos bem editados, alguns com musiquinha,...
Ah, o cara conseguiu arrecadar quase 5 milhões de dólares em um dia pela internet para sua campanha - um marco sem precedentes na história. Ele é contra a guerra!

A derrota de um Ditador

Hugo Chavez perdeu o referendo. A derrota nos coloca uma certeza: a votação não foi fraudada. Por outro lado, será que Chavez ira "aprender" a lição? O meu medo e que a reacao a esta derrota seja pior do que as reformas propostas no referendo...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

As Normas Críticas de Pablo Gurjec

Pablo Gurjec era um homem que, por ser demasiado racional, elaborou, com esforço hercúleo, em seu caderninho escrito a mão, as normas críticas essenciais para sobrevivência dos que são, assim como ele, tão racionais.

Dizia assim o parágrafo primeiro: "Na sobrevivência dos mais críticos podemos ver as normas racionais e lógicas que regem todas as interações do universo. Não nos basta ser inteligentes, temos de ser também passionais, desta forma, em tão elevado grau, que não nos deixamos levar pelo amor à vida; velejamos ao sabor dos ventos da paixão a tudo. Elevamos os nossos espíritos à essência do próprio Deus, para, então, olharmos com pureza e naturalidade tudo aquilo a que chamariam os medíocres de mau e cruel."

Mais adiante, escrito às pressas, dizia: "sinto-me peça de uma enorme coincidência, que de tanto coincidir-se, tornou-se a nós como vida." ao que seguia outro escrito que, com esforço, juntamos como peças de um quebra-cabeças: "Vejamos o universo como o filho de um único ser, um único ponto que se dobra e desdobra em si mesmo, por tantas e tantas vezes, que, por fim, acaba por perde-se a origem, como um origami, pois nunca imaginamos ser uma bela tulipa fruto de uma simples folha de papel. A este mesmo origami, caso chagássemos a sua origem e redobrasse-mo-los em uma nova forma, teríamos, por fim, uma tosca representação daquilo que outrora fora a tulipa, e não um novo e belo cisne, pois no papel restariam ainda as dobraduras do desenho anterior. A essência daquela forma primeira nunca sumirá."(...) "A racionalidade de que vos falo não se trata de analisar como números ou silogismos os detalhes da vida. Muito além, trata-se de transcender estas meras licenças poéticas, as quais chamamos números e lógica pura, para descobrirmos os verdadeiros versos, ou melhor, a escrita por detrás dos versos, as primeiras dobras do origami."(...)"devemos ver a vida como um início sem fim, e um fim sem início"(...)"e aceitamo-la (a vida) como dádiva, como a um presente, quando, em verdade, deveria ser a vida quem nos aceita como dádiva, pois somos nós quem a inflamos com finalidade." - e acrescenta com certo humor: "eu vivo a vida, a vida não me Pablo."

Segue, então, para um novo trecho que, para fins didáticos, separarei. "para ao homem criticarmos, devemos dele transcender, pois, quando imersos no mar, nada vemos senão a um palmo diante de nossos narizes. Mas, por outro lado, isolarmo-nos da sociedade a qual pretendemos criticar nos afasta da sua realidade instantânea e, desta forma, ficamos ultrapassados, velhos e rabugentos. E qual seria, por fim, a solução deste mistério?".

"Podemos, pois, identificar três tipos de homens críticos. O primeiro vê apenas o seu redor, o momento, e não percebe a mudança, pois está demasiadamente ligado ao presente. O segundo, ao contrário, enxerga apenas o movimento. No entanto, devido a sua imobilidade, ele se torna ultrapassado. O terceiro, por fim, desloca-se ao longo, e tenta projetar-se no futuro, mas, assim como o segundo, também se isola do mundo "real", e, neste processo, perde sua humanidade"(...) "São todos eles a fauna de um mesmo rio. O primeiro flutua na superfície, vê apenas o seu redor, não percebe, portanto, que o rio se desloca, pois tudo a sua volta muda na mesma proporção. Já o segundo, escolhe uma posição fixa, acima do rio. Ele pode ver seu movimento, mas dele não participa. O terceiro corre a sua margem, esperando, um dia, chegar à foz ou a nascente".