sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Lula e seu candidato a prefeito do Rio

1. John Kennedy dizia que agressões políticas se perdoam... mas não se esquecem. O PT até o dia de hoje não esqueceu o que ele chamou -injustamente, crê esse Ex-Blog- de manipulação na edição do debate final Collor x Lula. A TV Globo tem sido para a esquerda tradicional, brasileira, sempre, uma espécie de pedra no caminho de seu projeto autoritário. O PT no governo tem feito o que pode para reduzir a força e participação da TVG na audiência. Tem feito o que pode para controlá-la.

2. Quem não se lembra do conselho de audiovisual, ancinav, conselho de jornalismo,etc... Um estudo não divulgado tem mostrado que a generosidade publicitária do governo Lula com a TVG é menor do que se imagina, quando se soma a centimetragem e o tempo de publicidade em outros veículos. A comparação física -e não valorativa- mostra uma perda acentuada de participação da TVG, e do Sistema Globo na publicidade do governo Lula.

3. Ninguém tem duvida das excelentes relações do governo Lula com a IURD, cujo partido, inclusive ocupa a vice-presidência por sugestão do próprio Lula a seu vice. Nos últimos anos próceres da dita esquerda tem encontrado méritos na IURD como alternativa política. Mangabeira Unger, o ex-deputado Luiz Alfredo Salomão, e por aí vai.

4. Recentemente -pego no contrapé- Lula rebateu que no conflito entre a ABI e vários jornais de grande circulação, e a IURD, as ações eram perfeitamente naturais e não afetavam em nada a liberdade de imprensa.

5. O senador Crivella -forte candidato a prefeito do Rio- constrói com habilidade e competência sua candidatura. Fala-se que o deputado estadual Wagner Montes teria sido convencido a não disputar a eleição, já que seu programa é um dos que cruzam a audiência com a TVG e que, por isso mesmo, seu programa estaria recebendo um "upgrade". Como há uma grande intercessão entre ambos, se confirmada essa decisão, o beneficiado seria o senador Crivella.

6. Recentemente o Ministério das Cidades em convenio com o Exército, implementou o programa de melhorias externas nas casas do Morro da Providencia, favela emblemática e fundadora, no Rio. A presença ostensiva do senador Crivella, sua condução do processo e as imagens gravadas, criam um programa eleitoral imbatível. Diria Crivella: - Vou a sua comunidade e vou fazer isso e aquilo. E depois de um breve silencio, imagens do Exército trabalhando no programa Cimento Social do senador -carregando este slogan- vão aparecendo. E então o senador arremata: -Eu garanto. Implicitamente com o Exército respaldando.

7. Nada disso é feito por acaso. A vitória de Crivella -que em breve será claramente o favorito- se ajusta para Lula e o PT a dois objetivos: o controle político da prefeitura do Rio e a fragilização da TVG na cidade onde está a sua sede. Claro e transparente. Quem viver,...verá !

(retirado do Ex-Blog Cesar Maia, mas vale a pena pensar sobre)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Veja processa Luis Nassif

Luis Nassif, em seu blog http://www.projetobr.com.br/blog/5.html, esta promovendo uma “muito bem servida” reportagem sobre a Veja. Não vou tentar descrevê-la, basta clicar no link

O caso é: a Veja, agora, esta processando o Nassif. Mais uma troca de farpas na Blogsfera brasileira.

Mau, muito mau...

Open Thread CPI (e outras questões)

Degladiem-se como quiserem...

Enquete, CPI, WEB 2.0 e Panóptico.

Meu deus, mas que título longo

Para melhor elucidá-lo, vamos por partes

A voz do povo diz “Sim” à CPI. Eu, ao contrário, disse não, junto com mais duas pessoas. Outros foram mais pragmáticos; votaram que "Não importa quem faça, contanto que faça bem". Infelizmente esta é a opção que, com certeza, não ocorrerá

Até aí tudo bem, mas por que raios o título diz WEB. 2.0 e Panóptico? Respondo: porque estes conceitos se misturam muito bem e são importantíssimos na era do “jornalismo virtual".

Um panóptico consiste em uma organização na qual um indivíduo é o centro das atenções, enquanto o resto fica impossibilitado de enxergar uns aos outros. Podemos encontrar exemplos de panópticos em quase todas as situações diárias.

Uma sala de aula na qual todos os alunos estão voltados para o professor e não podem se comunicar entre si; A televisão, pois representa um diálogo no qual somente o apresentador do programa pode falar – o espectador fica quieto e escuta; Uma prisão, pois o guarda vê a todos os prisioneiros, mas os prisioneiros não podem se ver; Um jornal, pelos mesmos motivos anteriores;... e por aí vai.

A internet nasceu da mesma forma. Não havia interatividade. Os sites simplesmente apresentavam informações. O usuário não tinha qualquer controle sobre o diálogo. Surgiu, então, o CONCEITO WEB 2.0. Nela, encaixam-se os Blogs, chats, youtubes, Orkuts, Facebooks e SecondLifes da vida.

Estes novos espaços são definidos por sua interatividade e constante troca de informação, sem que haja um indivíduo específico controlando e restringindo o diálogo. Ou seja, não existe o panóptico, pois todos podem se ver e ouvir mutuamente. Foulcalt não previa isso.

Após esta extensa explanação, sigo com meu raciocínio...Não quero, por meio deste, representar o panóptico, mas sim a WEB 2.0. Portanto levarei a discussão e o debate sobre a CPI (e estão todos convidados) para a página de “comentários”. Quem conhece o Blog do Pedro Dória já deve estar familiarizado com os Open Thread’s constantemente promovidos naquelas terras.

Se me contentasse apenas um expor minhas idéias sobre o tema desta enquete, estaria seguindo um modelo do qual não concordo. Já expus meu voto, mas o por que é um tema mais aberto. Não seria justo apenas falar. Também quero ouvir.

Open Thread’s são o resumo do NÃO-panóptico. Todos falam, todos são ouvidos. Já falei demais. Open Thread CPI e outros temas.

Fim da Enquete

Bom, é chegado o fim esta enquete. Em breve analizaremos os resultados. Stay tunned!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Hollywood: preconceituosa ou premonitória?

Barack Obama é o nome da moda. Sua oratória tem cativado o mundo e a possibilidade de os EUA eleger um presidente negro é visto como um sinal de progresso. Mas – a história mostra – não é o que pensa Hollywood. Vamos às provas.



No filme "O Quinto Elemento", os EUA eram comandados por um afro-americano quando a Terra teve de enfrentar um impiedoso choque contra um meteoro. Um ano depois, em 98, Hollywood reforça sua posição, com a superprodução “Impacto Profundo”. Nela, Morgan Freeman (negão) chefiava a Casa Branca quando mais um desses famigerados meteoros acerta o planeta, provocando um enorme tsunami que engole os EUA.



Já nos dias de hoje, o alvo é David Palmer, presidente americano que se vira para lidar com os incessantes ataques terroristas, no seriado "24 Horas". Seria Hollywood preconceituosa ou premonitória?



Bom, do jeito que as coisas andam... Protagonista maior de um iminente colapso ambiental, ancorado em duas guerras paralelas e em meio a uma fragorosa crise econômica, os EUA (para os mais pessimistas) bem que podem estar perto de uma catástrofe. E – adivinhem!? – devem novamente jogar tudo nas costas do preto. Que sacanagem.