segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Viva o Iraque!

(Calma! é apenas uma tentativa de esclarecer o porquê da Guerra ser um bom negócio)

Não preciso de bola de cristal nem dos mecanismos de contagem do Ibope para afirmar assertivamente que a classe média brasileira é contra a Guerra do Iraque. Alijando Diogo Mainardi da discussão, de cada 100 pessoas, 100 criticam Bush. É batata.

Não tiro a razão de quem discorda. Eu discordo. Mas para entender os fatores que estimulam e ancoram os EUA naquele deserto hostil é preciso uma reflexão laboriosa, competência para futurólogos e sociólogos.

Dizer que Bush e Cheney (acionista da Hulliburton) estão de olho no petróleo é elementar. Eles ficarão tão ricos que Bush talvez tenha tempo até para dar entrada numa faculdade. Mas e o EUA? Eles perdem bilhões de dólares por mês, têm freqüentes baixas desnecessárias no exército e promovem uma antipatia mundial contra eles ; o que eles têm a ganhar?

Tudo está em torno da geopolítica energética. Sob a terra batida do Iraque, reside quase ¼ do petróleo mundial. O controle de todo esse ouro negro é o grande porto-seguro dos EUA para médio prazo. O livre arbítrio para usufruir do petróleo iraquiano – leve e barato de produzir – declarará a independência norte- americana à OPEP. Saem perdendo os xeiques sauditas e Hugo Chávez. O venezuelano então não teria outra saída a não ser “calar-se”, pois sem o petróleo a 90 dólares ninguém o ouviria.

E não pára por aí. O obnubiloso e temido Irã da energia nuclear sustenta-se – adivinhem?! – do petróleo, cuja exportação é responsável por 70% de seu PIB. Petróleo é obra de Alah. A Rússia retomada de um atávico antiamericanismo volta a ter sua relação com os yanques abalada. Os russos são também um gigante dos hidrocarbonetos e não pretendem ter novo competidor no mercado, sobretudo quando este veste Nike e ouve Snoop Dog.

Por fim, a China. Dona de cerca de 1 trilhão de dólares da dívida externa americana e, portanto, de um poder de barganha decisivo, os orgulhosos baixinhos teriam de sucumbir aos EUA. Isto porque para manter seu crescimento econômico, é preciso de energia. Ou seja: petróleo. E quem em breve protagonizará esse negócio? Oh, yeah!

Sem falar no horizonte de baixos preços da gasolina para o consumidor americano.

Os bilhões gastos hoje serão os trilhões lucrados de amanhã. O Tio Sam sentou seu “fat ass” em uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Ninguém o tirará de lá tão cedo, uma vez que haverá por décadas “instabilidade política (proposital) na região”. E agora, vocês ainda pensariam nos mortos de guerra, ou no ódio mundial contra si? Se tudo isso desse certo (não dará), I would Love Bush!

11 comentários:

Bruno Macchiute disse...

É, eles são uns filhas da puta mesmo. O único problema é que este esforço idiota para dominar reservas de petróleo e assegurar uma aposentadoria tranquila está provocando a maior alta no preço do petróleo que o mundo já viu.
E o que há de errado nisso? Se os EUA estão assegurando reservas de óleo para o futuro, então manter o preço do barril a 90 dólares é uma boa. Significa um bom preço de venda para o petróleo que será deles.

Errado. Hugo Chavez, Putin Ahmadinejad também lucram coma alta. Na verdade, o tão mal-dito programa nuclear do Irã só é possível devido ao rio de dinheiro obtido com o petróleo e seu preço exorbitante. Hugo Chávez, apesar de maluco, esta liderando o maior crescimento econômico que a Venezuela já teve, tudo financiado pelo óleo. A máfia do petróleo, na Rússia, lucra horrores com esta política americana.

Na minha opinião, se Bush pretende ter a posse do petróleo do oriente médio, é melhor que faça rápido, pois, quanto mais tempo durar a alta do Barril, mais dinheiro entrará nos caixas destes senhores acima citados.

Bruno Macchiute disse...

Continuando... Temo ter que discordar do senhor. A guerra teria sido um bom negócio se tivesse acabado no tempo previsto, há quatro anos.

Curiosamente, a alta no preço do petróleo carrega ainda consigo mais um trunfo. Assim como o Brasil, a Líbia, o segundo maior exportador de petróleo da África, acabou de anunciar a descoberta de um novo depósito de hidrocarbonetos que duplicará sua produção. Ou seja, poços que outrora seriam impossíveis de serem explorados, ou que não valiam o investimento, se tornam viáveis.

É irônico, mas a tendência dos próximos anos é contrária a expectativa de escasseamento das reservas petrolíferas. O que nos leva a crer que esta guerra poderá não florescer da maneira prevista.

Chico Trigo disse...

Então, nem eu concordo com que previ. Mas é uma visão forte e digamos que aconteça.

Supondo que os EUA instalem bases permantes da Hulliburton (por exemplo)no Iraque, dominando a produção naquelas terras que quase "navegam" sobre tanto petróleo. Daqui a alguns anos então eles teriam total controle para determinar o preço do óleo - podendo diminuí-lo. Bom para eles, para os europeus e japoneses. Fudendo de novo com os russos e árabes.
A curto prazo é um tiro-no-pé, concordo. Doravante, pode não ser, como pode ser.
E no caso da China, que adoraria ver os preços lá embaixo, o que lhe afetaria era o poder de barganha que os EUA adquiriram - pois eles podem simplesmente não vender. (mas tudo isso é só uma hipotese)
Por mim, sinceramente, quero mais eh que os americanos se pintem de preto com petróleo e se mantem numa segunda guerra civil!

Anônimo disse...

vc esqueceu, caro amigo orelhudo, da industra belica americana, que é um dos motores da economia.
Uma pesquisa mostrou que 1/6 dos americanos tem trabalho relacionado com as forcas armadas. Entao, uma guerra, por mais inutil e dispendiosa q pareca faz girar a economia americana, criando empregos, e receitas pro governo.

Chico Trigo disse...

É verdade, esqueci. Porém, a indústria bélica neste caso se beneficia apenas enquanto a guerra estiver em curso. Acabando, sobra o petróleo; às armas, resta fomentar o mercado interno - e q todos se matem numa segunda guerra civil, ahuahuah.

Bruno Macchiute disse...

Vale lembrar, também, que o Alaska flutua em petróleo, e esta muito mais perto do que o iraque. Pra que ir ao oriente médio arrajar confusão se você pode simplesmente extrair o petróleo do seu quintal...

Anônimo disse...

Chicão, vc fingindo ser intelectual? Fala sério...

To brincando, garoto! Seu vocabulário e conhecimento se expandiram muito desde que vc parou de usar drogas. Confiamos no seu potencial.

Bruno Macchiute disse...

Palavras nova - onde ele aprendeu:

Obnubilar: Aula de Literatura do Sérgio Motta.
Assertivamente: Aula de Comunicação Oral - Não sei o nome do professor
"fat ass": aprendeu na MTV...

Chico Trigo disse...

ahauahau. Tá, eu confeso: sou mera colcha de retalho dos diversos professores que tive,... um gravadorzinho. Não tenho posição sobre nada.

OBS: para esclarecimento, nunca usei drogas e vou processor o Gustavo por calúnia e difamação!

Anônimo disse...

Francisco... usando drogas! Terei de reporta-lo a sua família e jubila-lo de seu período letivo. Fique claro que a PUC não tolerar-a este tipo de comportamento criminoso dentro de suas dependências.

Anônimo disse...

Prontamente, ofereço os meus serviços para a defesa deste inocente estudante, que nada mais é do que uma vítima da sociedade moderna. HOMEM-PÁSSARO!