domingo, 27 de janeiro de 2008

CIA e Ditadura mataram Jango?!

Preso desde 2003 na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (RS), o ex-agente do serviço de inteligência do governo uruguaio Mario Neira Barreiro, 54, disse em entrevista exclusiva à Folha que espionou durante quatro anos o presidente João Goulart (1918-1976), o Jango, e que ele foi morto por envenenamento a pedido do governo brasileiro.

Jango morreu em 6 de dezembro de 1976, na Argentina, oficialmente de ataque cardíaco. Ele governou o Brasil de 1961 até ser deposto por um golpe militar em 31 de março de 1964, quando foi para o exílio. À Folha Barreiro deu detalhes da operação da qual participou e que teria causado a morte de Jango. Segundo o ex-agente, Jango não morreu de ataque cardíaco, mas envenenado, após ter sido vigiado 24 horas por dia de 1973 a 1976.

A operação que levou ao assassinato de Jango, informa o ex-agente, foi executada pela inteligência uruguaia com financiamento e acompanhamento da CIA. O mérito do furo que, se confirmado, é bem mais que histórico, cabe à repórter Siome Iglesias.

Se Jango foi de fato assassinado, volta à tona a hipótese de a Ditadura, que estava iniciando o processo de abertura, ter providenciado a morte dos três grandes líderes da política brasileira do tempo. Além de Goulart, também Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda. A hipótese de triplo assassinato já foi tema de um livro, um quê romanceado, de Carlos Heitor Cony.


(retirado do Blog do Pedro Doria)

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