terça-feira, 15 de janeiro de 2008

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A adoção ou migração de softwares proprietários para softwares livres também é um dos principais objetivos do grupo técnico de software do Comitê de Qualidade da Gestão Pública (CQGP) do governo do Estado de São Paulo, cujo parque de máquinas tem mais de 100 mil computadores. Experiências bem-sucedidas de empresas e órgãos do Estado – como o Metrô, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) – levaram a Casa Civil a publicar, no ano passado, a Resolução n. 52, um plano estratégico para uso de software que dá preferência a programas livres.

"Os objetivos são a economia de custos e um melhor conhecimento por parte do governo sobre quais softwares está usando", explica Walter Constantino Jr., do núcleo de governo eletrônico sediado na Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e coordenador do grupo técnico de software do CQGP.

Mas as vantagens do software livre não se limitam à redução de gastos. Como os idealizadores do movimento gostam de lembrar, o significado do adjetivo "livre", nesse caso, está mais próximo do de "livre expressão" do que do de "boca livre". Ao adotá-los, os usuários não só economizam dinheiro como também reduzem sua dependência em relação aos desenvolvedores no que diz respeito a atualizações e correção de falhas ( bugs ). Desenvolvidos por empresas e comunidades de programadores voluntários, os softwares livres têm seu código-fonte aberto para análise e aperfeiçoamento. Conectados via Internet, programadores – em um número que seria inviável qualquer empresa reunir – trabalham em programas de uso comum, que cumprem as mesmas tarefas da maioria dos softwares proprietários.

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