terça-feira, 15 de janeiro de 2008

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A adoção do software livre não traz, contudo, apenas vantagens. Apesar dos custos menores do que aqueles impostos pelos softwares proprietários, os softwares livres carregam custos embutidos: é preciso treinar funcionários para usar os novos programas e – para aproveitar os maiores benefícios dessa modalidade de software – manter uma equipe de programadores que adapte, desenvolva e atualize os programas.

Além disso, uma das principais vantagens do software livre – o fato de ser mais estável e seguro do que o proprietário, já que o grande número de programadores envolvidos em seu desenvolvimento faz com que ele seja testado e corrigido mais vezes – limita-se a programas de uso freqüente. É por isso que a substituição de programas proprietários por livres é mais comum em sistemas operacionais, navegadores, correio eletrônico, bancos de dados e pacotes de escritório.

É verdade que tanto o número de soluções como a qualidade dos programas têm evoluído rapidamente, conforme crescem o número de programadores trabalhando com programas de código aberto e o de instituições que os utilizam. Mesmo assim, as versões livres de programas com número reduzido de usuários ainda não conseguem competir com as proprietárias.

"O governo de São Paulo não tem posição radical em relação a software ", afirma Constantino, do grupo técnico do CQGP. "Se for produzir despesa, é preciso justificar a adoção deste ou daquele programa, sendo ele livre ou proprietário." Mas, segundo ele, há muito espaço para avançar no uso de software livre, já que cerca de 90% dos programas utilizados pelo governo ainda são proprietários.

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