terça-feira, 15 de janeiro de 2008

4

Sérgio Amadeu, presidente do ITI, resume os benefícios que os softwares livres têm a oferecer aos governos, separando-os em quatro grandes grupos. A primeira vantagem da adoção desse tipo de programa, afirma, tem alcance macroeconômico: o uso do software livre contribui para um balanço de pagamentos favorável ao Brasil, já que reduz a quantidade de dinheiro enviado ao exterior. Segundo ele, o país pagou a empresas estrangeiras, em 2002, mais de US$ 1 bilhão somente em royalties pelo uso de licenças de software .

O segundo efeito benéfico do software livre, prossegue Amadeu, diz respeito à segurança. Como passam a ter acesso ao código-fonte dos programas adquiridos, os técnicos do governo podem identificar e corrigir falhas de programação e outros problemas.

A terceira conseqüência positiva da adoção de programas livres é que os governos ganham independência em relação a seus fornecedores. Um governo que opte pelo software livre compra, junto com o próprio programa e seu código-fonte, uma licença do tipo GPL (General Public Licence), que dá quatro liberdades a seu detentor: usar o software de acordo com seus interesses; estudar o código-fonte integralmente; alterá-lo como desejar; e redistribuir as alterações feitas – desde que continue permitindo aos outros essas quatro liberdades. "Desta forma, o governo fica completamente dono do produto que licitou", afirma Amadeu.

A quarta vantagem, diz, refere-se à autonomia tecnológica do país, o qual pode deixar de ser mero consumidor de produtos dos países mais ricos e passar a produzir softwares . Atualmente, é forte a participação de brasileiros no desenvolvimento internacional dos principais softwares livres. "Temos inteligência local suficiente para sermos grandes desenvolvedores de tecnologia da informação."

Nenhum comentário: